Freguesias

Freguesias do Concelho de Alijó



Mapa das Freguesias do Concelho de Alijó

Alijó

Alijó é uma vila portuguesa, que pertence ao Distrito de Vila Real. É a principal Vila e sede de concelho, subdivido em 19 freguesias. Possui uma área de 29 quilómetros quadrados, composta também pelas anexas de Presandães e Granja, Alijó tem como limites as freguesias de São Mamede de Ribatua, Castedo, Favaios, Sanfins do Douro, Vila Chã, Carlão e Amieiro.
As opiniões quanto à etimologia do topónimo da freguesia são divergentes. Segundo Pinho Leal, na sua obra “ Portugal Antigo e Moderno”, o termo “ vem do hebraico azob a que árabes chamam azzoff, que significa hysopo, erva. Os mouros juntaram-lhe o artigo al, e ficou alzof ou alzob, que facilmente se corrompeu para Alijó”.
No entanto, o Prof. Dr. Pedro Serra defende que a palavra deriva de “lageola, em virtude da abundância de lajes nesta localidade, ou devido à sua existência, que remonta de um monumento de origem dolménica. Outra teoria refere que Alijó surgiu na altura da conquista árabe, sendo senhor dela “ Ali-Job”. Finalmente, uma outra visão diz que o topónimo refere a legião transmontana “ Legio Septima Gemina”.
Em abril de 1226, D. Sancho II concedeu o primeiro foral a Alijó, onde indicava os limites da terra e, dirigindo-se aos “ vobis hominibus que habitatis in villa de Laggio et in suis terminus”, estabelecia as rendas a pagar. Mais tarde, o monarca D. Afonso III concede-lhe novo folar a 15 de novembro de 1269, citando já o lugar de Presandães : “ do et concedo insuper vobis cum ipsa villa de Aligoo al deyam de Prazennaes”.
Com D. João I, Alijó recebeu foral de vila, passando a sua posse para Álvaro Pires de Távora, 3º senhor de Mogadouro. Até meados do século XVIII, o Marquês de Távora foi donatário da vila. No entanto, no reinado de D. José I, a freguesia passou para a posse da coroa, por suspeito de envolvimento da família dos Távoras na tentativa de assassinato do rei.
A constituição heráldica do brasão da freguesia de Alijó apresenta escudo verde, coroa mural de prata de três torres, listel branco com a legenda a negro “ Freguesia de Alijó”. No centro do escudo encontra-se um plátano arrancado de prata e folhado de ouro, ladeado por duas fontes, a da dextra de ouro e a sinistra de prata, ambas jorrando água da sua cor. Este dois símbolos representam, respetivamente, a secular árvore, que se encontra situada perto da igreja paroquial, e a famosa fonte de Alijó, cuja água dizem ter poderes curativos e termais.
O seu orago é “ Santa Maria Maior”, no que se refere ao Património, podemos encontrar património edificado: Igreja Matriz do século XVIII, os Passos do Concelho, o Pelourinho, a Capela da Misericórdia ou do Senhor do Andor, a Capela de Santo António situada no monte do Vilarelho, a Casa dos Mansilhas do século XVIII, o atual edifício da Biblioteca Municipal, Pousada Barão Forrester (primeira pousada do país), Plátano Centenário (Monumento Nacional), o Chafariz, a Casa dos Távoras, a Casa da Arcã, o Auditório Municipal, a Estátua do Homem do Douro.
Como principais eventos temos a Bienal de Gravura- Exposição Internacional de Gravura.

Amieiro

Situa-se na zona este do concelho de Alijó, a freguesia de Amieiro apresenta-se numa zona de transição entre a região sul ou vinícola, e a região norte ou montanha.
É uma aldeia de carácter pitoresco de admirável beleza, devido ao seu casario se encontrar disposto em presépio na vertente da montanha.
Ao que tudo indica, o Amieiro foi uma das freguesias fundadoras do concelho de Alijó em 1226, porém, o seu povoamento remonta ao período anterior à romanização da Península Ibérica.Muito provavelmente, na freguesia terá existido um castro de defesa natural, como comprova a topografia do local, assim com a toponímia de alguma referência a santos que se relacionam com cultos antiquíssimos e de raízes pagãs.
O topónimo Amieiro, do latim “ Amoenariut”, aponta para um sentido geográfico e deriva da existência de amieiros ( uma espécie de árvore) em grandes quantidades perto do rio que banha a freguesia.
Todavia, as lendas sobre a fundação da freguesia abundam, referindo-se uma delas a uma invasão de formigas que havia sofrido o antigo Amieiro Velho, obrigando os habitantes a deslocar-se para a proximidade do rio, fundando assim o atual Amieiro.
No que se refere ao Património, destaca-se a Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Conceição e a Fonte de Santo António. Encontram-se vestígios de um antigo teleférico que fazia a travessia de pessoas para a outra margem do rio.Outro ponto importante e o Miradouro das Fragas que permite avistar o vale do Tua.

Carlão

A freguesia de Carlão situa-se na zona Nordeste do Concelho de Alijó, ficando a 14 km da sua sede, ocupa uma área de 2649 hectares distribuído pelos lugares de Carlão, Casas da Serra e Franzilhal.
No entanto, a ocupação humana deste território é muito longínqua, remontando ao período Neolítico. As pinturas rupestres de Pala Pinta e do Castelo de Carlão confirmam essa ocupação. As primeiras constituem um dos três únicos espaços com estas características em todo o País.
Do período romano resta ainda a ponte sobre o rio Tinhela, construída por volta do século III d.C. No que se refere a arqueologia está freguesia, segundo Fernando Rodrigues Leitão, afirma ” Mas se a povoação e muito antiga as manifestações da vida humana a acusar a presença do homem dentro do seu termo atual, são mais antigas ainda. Elas vêm dos períodos mais remotos da pré-história. A arqueologia local, e rica em documentos de valor, apresenta-nos testemunhos nítidos do homem da pedra polida senão da pedra lascada, pois um instrumento lítico, género “ coup de poing” encontrado nas imediações do “ castrum”, faz supor isso”.    In: “ Monografia sobre o Concelho de Alijó
Em termos paroquias, Carlão foi uma vigaria, cujo pároco recebia de rendimento anual 16 mil reis e 20 alqueires de trigo. A atual igreja, da invocação de Santa Águeda, é composta por três altares, contendo no interior uma custódia setecentista. As caldas de Carlão, também conhecidas por caldas de Favaios, de Tinhela ou de Murça, situam-se a quatro quilómetros da sede da freguesia. As suas águas sulfúricas e sódicas possuem excelentes propriedades para a cura da pele, reumatismo, entre outras.
As heranças deixadas na freguesia de Carlão são a vinha, o azeite, a batata, a amêndoa e os figos secos.
No que se refere a riqueza patrimonial destaca-se a Igreja Matriz, um templo do século XVIII que conserva no seu espólio uma sagrada custódia setecentista e uma imagem de autoria de Teixeira Lopes, representando Cristo crucificado. Constituída por 3 altares, o do Santíssimo Sacramento, o de Nossa Senhora do Rosário e o de S. Sebastião.
           
Casal de Loivos

Casal de Loivos, localiza-se na margem direita do rio Douro, a 1km de margem esquerda do Rio Pinhão e dista 17 km da sede de concelho, integra a chamada Região Demarcada do Vinho do Porto.
Apresenta uma área territorial de 4,8 quilómetros quadrados, confinando com as freguesias de Pinhão, Vilarinho de Cotas e Vale de Mendiz, todas estas também integradas no concelho de Alijó. Casal de Loivos está situado no alto de um monte sobranceiro ao rio Douro, desfrutando a freguesia de uma das mais belas vistas do pais.
Encontra-se um vasto património, onde se destaca uma casa brasonada- Casa de Casal de Loivos- pertença da família Serpa Pimentel, atualmente Turismo de Habitação de grande qualidade. A igreja matriz e a capela do Divino Espirito Santo.
Casal de Loivos, tem um dos miradouros mais admiráveis do Concelho, sendo possível apreciar a paisagem do Douro.

Castedo

A freguesia de Castedo fica a 7km da sede do Concelho, situada na parte Sul próximo da margem direita do Rio Douro. Apresentando uma área territorial de 13,5 quilómetros quadrados, dista de Alijó cerca de seis quilómetros. Confina com as freguesias de Cotas, Alijó e São Mamede de Ribatua, pertencentes ao concelho de Alijó.
O topónimo “ Castedo” é de origem latina, derivando de “ castanetum”, que significaria castanheiro. “ Castanetum” evoluiria mais tarde para “ castanedo”, passando depois para “ castaedo”, e por final para a forma que hoje utiliza: “ Castedo”.
Ao que tudo indica, Castedo seria abundante em castanheiros, havendo mesmo uma enorme série de lendas na freguesia relativas à influência dos castanheiros e das castanhas na fundação da povoação.
A descoberta de vestígios pré-históricos na freguesia, nomeadamente de peças de cerâmica, denuncia um povoamento que remonta à época pré-histórica. A freguesia de Castedo, está integrada no concelho de Alijó desde o século XIII. Até à data de 1759, os Marqueses de Távora haviam sido os donatários da freguesia, tendo a mesma, passado posteriormente para as mãos da coroa. Em 1839, Castedo estava integrada na comarca de Vila Real, passando mais tarde a integrar a comarca de Alijó.
Castedo apresenta uma valiosa arquitetura religiosa, onde se destaca a Igreja Matriz dedicada a Santa Maria Maior, com um belíssimo conjunto de pinturas no teto que datam do século XVIII e uma Santa Custódia do século XVII. No que se refere a arquitetura civil, destaca-se a Casa dos Queirós e o Chafariz.
Castedo também é digno de uma visita, ao Miradouro de Santa Marinha que nos dá uma panorâmica onde predomina o granito e ainda, uma visão singular sobre o vale do Douro onde nos vinhedos das quintas, se produzem os melhores vinhos do Porto.

Cotas
A freguesia de Cotas é atravessada pelo Fragoso, pequeno afluente do Douro, engloba as povoações de Cotas e Póvoa. Existe uma capela, com uma fachada coberta por azulejos, dedicada a Santa Maria Maior. A capela da Póvoa é devota a Santo André.
No que se refere ao património, encontra-se a imagem quinhentista de Santa Maria de Cotas, assim como a Capela do Senhor dos Aflitos, Fontanário, Cruzeiro, Casas e Quintas Senhoriais e Calçada Romana, paisagens naturais e adega de vinhos do Porto.
Situam-se nesta freguesia algumas das mais importantes e reconhecidas quintas: a da Romaneira, a do Cíbio e a do Roncão. De realçar a Quinta da Romaneira, neste momento a funcionar como Casa de Turismo de Habitação de grande qualidade.

Favaios

Situa-se num vasto planalto do sopé da Serra do Vilarelho, a três quilómetros de Alijó, sede concelhia, e tem como freguesia limítrofes Sanfins do Douro e Pinhão. Esta freguesia ocupa uma área de 20,57 quilómetros quadrados, sendo composta pelas povoações de Favaios, Mondego e Soutelinho. O topónimo Favaios deriva, segundo João de Barros, de Flavias, nome pelo qual a povoação era conhecida na Antiguidade, por corrupção de Flavius, o seu fundador. João de Barros, famoso historiador do século XVI, refere-se a uma lápide que existiu no adro da Igreja velha de Favaios, onde se poderia ler a seguinte inscrição:
F…à memória de seu Flávios, fundador desta povoação

O povoamento do território que corresponde à atual freguesia remonta à Idade do Ferro. Estes primeiros povos viviam em pequenas aldeias fortificadas ( castros), em posições estratégicas, havendo vestígios arqueológicos que comprovam que foi perto das Muralhas que estes primeiros habitantes se fixaram. Por toda a Serra do Vilarelho se encontram muros de pedra granítica que apontam para a existência, em tempos idos, de uma citânia por estas paragens. A cultura castreja sobreviveu até ao domínio romano, altura em que Favaios estava integrava a Panoias.
Aquando das invasões dos Mouros, o castelo de Flávias foi ocupado pelo povo invasor, o que obrigou os habitantes a procurarem outros locais para se fixarem. Assim, alguns fundaram as novas povoações de Vilarinho e Cotas, enquanto outros se fixaram no lugar de São Bento, combatendo arduamente os Mouros.
A expulsão definitiva dos invasores levou os habitantes de São Bento a regressarem a Flávias, que se encontrava, então, destruída pelas investidas árabes. No entanto, a população não desistiu face à adversidade e encetou um árduo trabalho de reedificação do povoado.
A paróquia de Sanct Georgios de Fabaios, fundada no período suevo, incluía Mondego, Vilarinho de Cotas e Cotas. À Igreja da Quinta de São Jorge dirigiam-se, no dia do padroeiro, os habitantes destes povoados para dizerem as ladainhas, pagando cada habitante o seu vintém ao pároco. Nestes dias de festa, conta-se que as Senhoras de São Jorge ofereciam um bobo aos pobres e o almoço ao reitor.
O Censual de Braga, elaborado entre 1084 e 1091, alude  à Terra  de Panoias e à freguesia de Favaios, cuja origem é muito anterior à fundação da Nacionalidade. Em 1145, o Censual de Braga refere-se a Favaios da seguinte forma: “ In Pannoniis recepti archiepiscopus (…) eclesiam Sancti Georgii”.
Em 1211, o monarca D. Afonso II concedeu carta de foral a Favaios ( “ vobis XII populatoribus de Fabaios”) e, no dia 10 de Julho de 1270, D. Afonso III confirmou essa mesma carta. O foral atribuído a Favaios tornou este povoado num concelho com autonomia administrativa e judicial, tendo contribuído, igualmente, para o desenvolvimento da agricultura local. D. Dinis, em 20 de Julho de 1284, confirmou o foral concebido anteriormente e D. Manuel I no dia 16 de Julho de 1514, outorgou foral concebido anteriormente e D. Manuel I no dia 16 de Julho de 1514, outorgou foral novo a Favaios, confirmando-lhe e ampliando-lhe os privilégios. Assim, Favaios, Vilarinho de Cotas e Cotas formavam um pequeno concelho que estava sediado em Favaios.
Os Marqueses de Távora foram, até 1759, senhores e donatários de Favaios, data a partir da qual o senhorio passou a pertencer à Coroa.
O declínio dos Távoras coincidiu com o início do declínio da vila de Favaios, começou por perder o seu tribunal e, por decreto de 31 de Dezembro de 1853, viu o seu concelho ser extinto, passando a ser um simples freguesia rural.
A extinção do concelho de Favaios não foi pacifica, uma vez que os habitantes não concordaram com a decisão, o que originou uma Sessão da Câmara  Municipal de Favaios, no dia 20 de Janeiro de 1854, da qual se transcreve a Ata redigida na época:
“ Ano do Nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e cinquenta e quatro, aos vinte dias do mês de Janeiro do dito ano, nesta vila de Favaios e Casas do Paço de Concelho, aonde se achavam reunidos o Presidente da Câmara e Vogais da Câmara Municipal deste  concelho, abaixo assinados, e bem assim um grande parte dos principais habitantes do dito Concelho, abaixo assinados, aí pelo Presidente da Câmara, sendo aberta a Sessão, foi dito que o motivo da convocação da reunião para a Sessão de hoje era o objetivo de um ofício, que o Exº. Governador Civil  tinha mandado a esta Câmara com data de 14 de corrente, no qual declarava, em vista do Decreto de 31 de Dezembro último, pelo qual este Concelho se acha suprimido e mandado anexar ao da vila de Alijó, em consequência do que, esta Municipalidade, fez presente à Câmara e lido aso presentes, e em resultado foram todos unânimes em que não podia por tal forma dar-se cumprimento ao ofício de Sua Excelência porquanto, a Municipalidade que hoje representa o Concelho de Alijó, não mereceu ainda a confiança dos povos deste Município, por não haver ainda concorrido para a sua eleição e não poderem tomar a gerência da administração de povos que nela ainda não tivessem depositado a sua confiança segundo as fórmulas constitucionais. E deliberou mais, para dar um testemunho público de moderação e previdência, visto a efervescência em que se achavam os povos pela injusta medida da supressão deste Concelho, irem eles Vereadores pessoalmente com alguns dos ditos principais habitantes deste Concelho representar a Sua Excelência, para levar a conhecimento do Governo de Sua Majestade, o desgosto dos Povos por tal medida. E mais deliberaram se representasse diretamente, ao Governo de Sua Majestade e às Cortes, a incoerência de tal medida, fazendo suster os seus efeitos até ser considerada e discutida em Cortes. E para constar, mandaram lavrar a presente Ata que a Câmara assina com os cidadãos presentes depois de lida por mim”.
Como se não bastasse a perda do estatuto de concelho, Favaios viveu momentos difíceis do ponto de vista económico, uma vez que a praga de filoxera arrasou as vinhas da freguesia e de toda a região duriense.
Favaios teve, então, de tentar recuperar a sua economia de outra forma, tendo passado a valorizar o cultivo da batata, da fava, do milho, do trigo e da vinha.
É extremamente conhecida pelo Vinho Moscatel e o trigo de “ quatro cantos”, bem como a deliciosa Bola de Carne, sendo o setor secundário o principal pilar da economia desta vila,  Favaios tornou-se, então, na povoação mais valiosa do concelho de Alijó.
Possui um rico e vasto património, desde a Igreja Matriz de São Domingos com a torre sineira mais alta do concelho, a Capela de Santa Bárbara, situada no cinco do monte de Santa Barbára, a Capela de São Paio do século XVI, a Capela de Santo António, a Quinta de São Jorge onde podemos encontrar uma estrela funerária romana, a Fonte Manuelina, o Castro do Vilarelho, e três Marcos Pombalinos.

Pegarinhos

 A freguesia de Pegarinhos compreende as povoações de Pegarinhos, de Castorigo, Vale de Mir e lugar de Alto de Pegarinhos. Este território era já habitado, durante a Proto- História ( Época da história da humanidade compreendida entre a pré-história e o período propriamente dito), comprova-se pela existência das Gravuras Rupestres da Botelhinha e da Igrejinha.
E da época castrega (são as ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Cobre e da Idade do Ferro), o Castelo de Castorigo. No seu interior conservam-se tanques, provavelmente, destinados à produção do azeite, visto que é o cultivo do vinho, do azeite e da amêndoa, muito predominante nesta freguesia.
Pegarinhos tem um grande património religiosa, a Igreja Matriz de 1804 com várias cruzes em pedra datadas em 1861, o Santuário e Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, é importante referir a Capela de São Bartolomeu que detém um grande valor eclesiástico.

Pinhão

A freguesia do Pinhão, situa-se na margem direita do Rio Douro e dista 17km da sede de Concelho.
A Vila do Pinhão situa-se no coração da Região Demarcada do Douro, é uma vila rica de belas paisagens e sua base económica e o  vinho. Aqui encontram-se sediadas algumas das mais importantes Quintas do Douro. Devido à sua localização geográfica, tornou-se num importante armazém comercial, sobretudo para o transporte do Vinho do Porto que antigamente se fazia nos barcos “ rabelos” e mais tarde, com o comboio.
No que se refere ao Turismo, constitui atualmente uma fonte importante de riqueza, pois por aqui passam milhares de turistas vindos dos cruzeiros. Assim o Pinhão possui uma importante unidade hoteleira Vintage House Hotel e ainda o LBV.
Em termos patrimoniais, destacam-se a Igreja da Nossa Senhora da Conceição que também é o seu orago, com um cruzeiro, e um Capela.
A Estação de Caminho-de-Ferro encontra-se ornamentada por azulejos oitocentistas, onde estão representados autênticos retratos do ofício Duriense.

Pópulo

A freguesia de Pópulo situa-se na parte Norte do concelho e dista 15km da sua sede. Compreende ainda as aldeias de Casas da Estrada, Cal de Bois e Vale de Cunho.
Do período castrego o  mais importante castro situa-se nesta freguesia é o Castelo de S.Marcos, ou Castro da Touca Rôta, localizado no bordo Nordeste do planalto de Alijó.
Está assente num “ castelo granítico”, cujo circuito defensivo se encontra ainda bem conservado. O povoado era defendido por duas muralhas de perímetro irregular, que em algumas partes chegam aos três metros de altura. Existe monumentos de interesse arquitetónica, sendo o exemplo da capela da Senhora da Boa Morte (românico) e o Cruzeiro.


Ribalonga

Situada na parte Norte do Concelho, a Freguesia de Ribalonga pertencia em 1839 ao Concelho de Vila Real, em 1852 ao de Vilar de Maçada e em 1874 ao de Alijó. Desta freguesia, faz ainda parte a aldeia de Rapadoura.
O Castro de Ribalonga, é da época castrega, situado no interior de Alijó, e sobranceiro à ribeira e à aldeia. Desta edificação apenas existe um resto de muralha, perto de uma capela, a cerca de 750 metros de altitude.
A construção da Igreja Matriz é de estilo barroco consagrada a Santa Ana, sendo o Orago da mesma freguesia.

São Mamede de Ribatua

A freguesia de São Mamede de Ribatua está situada a 6km da sede de Concelho, na margem norte do Rio Douro onde o afluente Tua desagua. A freguesia compreende as povoações de São Mamede de Ribatua e de Ribatua e de Safres.
É uma das mais antigas freguesias deste Concelho o São Mamede de Ribatua foi Concelho extinto no século XIX, a atestar este facto o seu Património imponente que se levanta em frente da antiga Câmara, imóvel de interesse público.
 No âmbito da arquitetura religiosa destaca-se a Igreja Matriz de São Mamede, conhecida por Igreja de Nossa Senhora das Graças; este património é valorizado ainda pela capela do Senhor do Calvário ou de Nossa Senhora da Lapa, e ainda pela, não menos considerável, capela jazigo da Família Teixeira Lopes, uma notável construção apesar das suas dimensões serem reduzidas.
No que se refere ao âmbito cultural, a tão prestigiada Banda Filarmónica, a mais antiga do pais é, desde 1799 uma notável escola de música, possui já um considerável historial, aquando de celebração do seu bicentenário foi erguido um monumento com uma bela composição figurativa em bronze, do escultor Laureano Ribatua.


Sanfins do Douro

A cerca de 2km da margem esquerda do Rio Pinhão, Sanfins do Douro é uma das maiores freguesias do Concelho. Dista 7 km da sede de Concelho e compreende os lugares de Chereis e Agrelos.
O emblemático Santuário de Nossa Senhora da Piedade foi edificado sobre um antigo castro ocupado pelos Romanos. Os Romanos, na sua passagem por aqui, legaram uma calçada e a pequena ponte de Rei de Moinhos. Essa ponte romana é uma calçada e a pequena ponte de Rei de Moinhos. Essa ponte romana é uma das mais significativas marcas construídas durante a Romanização.
Em termos de património é uma freguesia bastante rica, com um vasto espólio. O santuário de Nossa Senhora da Piedade é o maior bem patrimonial desta freguesia, com cinco capelas erguidas na segunda metade do século XIX. Destacam-se também a Igreja Matriz do século XVIII. Com uma imagem de Santa Bárbara do século XVIII, e uma píxide em prata do século XVIII, a Fonte de Mergulho, a Ponte e Calçada Romana de Rio de Moinhos, a Casa dos Condes de Vinhais do século XVIII, e a Casa Museu Maurício Penha.

Santa Eugénia

 Situada a Nordeste de Alijó desfruta de uma belíssima paisagem do sope do monte de Santa Bárbara, esta freguesia esta situada no limite da Região Demarcada do Douro, faz a transição entre as paisagens durienses e as marcantes transmontanas que caracterizam este Concelho. São típicas desta freguesia as “ Amêndoas Cobertas”, bem como as “ Cavacas de Santa Eugénia” sendo o ex-líbris da doçaria regional.
Santa Eugénia é possuidora de um interessante património arquitetónico, onde se destaca o Solar dos Malheiros, de 1810 e o Solar da família dos Santos Melo com capela particular e pintura nos tetos e ainda a talha dourada barroca, do altar-mor da Igreja Matriz das mais antigas do Concelho e a Sagrada Custódia do mesmo estilo.


Vale de Mendiz

Povoação sobranceira ao Rio Pinhão dista 12km da sede de concelho e possui uma das mais bonitas paisagens da Região Demarcada do Douro.
As Inquisições de 1220 de D. Afonso II referem-se a esta freguesia como sendo a de “ Vale de Menendo Dias”, localizando-a na posse administrativa de Favaios. Quando o Concelho de Favaios foi extinto em 1855, Vale de Mendiz passou para Alijó
A Quinta do Noval é um dos maiores bens patrimoniais desta freguesia. Em termos de património podemos aqui encontrar a Igreja Matriz de 1887, a Capela do Senhor dos Aflitos, a Casa dos Cavaleiros e ainda um marco Pombalino vestígio da demarcação de Marques de Pombal.

Vila Chã

Situada a Noroeste da sede de concelho é composta pelas aldeias de Chã e Carvalho. Possui nas suas imediações elementos de valor patrimonial, sendo o exemplo mais notável um dólmen ou como é mais conhecida Anta da Fonte Coberta, sendo do período do Neolítico situada no planalto da Chã.
Também a Barragem de Vila Chã constitui um atrativo turístico, bem como o Património Religioso, sendo ele a Capela de Nossa Senhora do Ar, e a Capela de Nossa Senhora das Neves ( Chã). No que diz respeito ao património da aldeia, encontra-se a Igreja Matriz, e uma Sepultura Antropomórfica, localizada a lado do lavadouro público.

Vila Verde

Situada na parte Norte do Concelho de Alijó, em lugar alto, plano e frio, perto da margem esquerda do Rio Pinhão, esta mesma Vila já fez parte de Panóias. A freguesia de Vila Verde é constituída por oito aldeias: Balsa; Freixo; Fundões; Jorjais; Perafita; Souto de Escarão e Vale Agodim.
No que diz respeito ao património, possui a Igreja Matriz, a Capela de São Gonçalo, Casa dos Médicos, Ponte Romana, Cerca Romana, Forno dos Mouros, Cabeço de Nossa Senhora, Fontes, Cruzeiros e Vestígios Medievais.
O pequeno Santuário do Senhor de Perafita ostenta uma peregrinação anual, que continua a ser impressionante manifestação de mentalidade religioso medieval.
A Igreja de Perafita é o melhor exemplar religioso no estilo barroco. Na Casa dos Milagres estão guardados autênticas relíquias deixadas pelos peregrinos.

Vilar de Maçada

É uma das mais importantes freguesias de Alijó, tanto em termos do passado como no presente. Localiza-se a 15 km da sede de Concelho, está situada na margem esquerda do Rio Pinhão. É composta pelas aldeias de Sanradela, Cabêda, Fermestes e Francelos.
O povoamento pré-histórico de Vilar de Maçada pode ser comprovado através de um castro que deve ter existido no arme de Sanradela e de um outro, ao Norte, na chamada Serra Longa. As lápides romanas que surgiram nos mesmos locais demonstram que aqueles redutos castregos foram posteriormente romanizados.
No que se refere ao Património Religioso é de salientar a Igreja Matriz, a Capela de Borda. Na arquitetura civil, destaca-se o Solar dos Pizarro, Porto Carreros, entre outras casas brasonadas, Marco Pombalino, Fonte Pública, e ainda Lavadouros.
O Santuário de Santa Bárbara a 2 km da freguesia, no alto da Serra do mesmo nome, existe um belíssimo miradouro de onde se avistam vinte e quatro freguesias, consta ainda de três capelas sendo duas em Honra do Senhor da Capelinha e a outra em Honra de Santa Bárbara.

Vilarinho de Cotas

Situada na parte Sul do Concelho de Alijó, Vilarinho de Cotas faz parte integrante da zona do Vinho do Porto. A humanização da sua remonta há muitos séculos atrás, encontra-se edificações castregas- Castro de Vilarinho  e ainda vestígios de ocupação romana.
Esta mesma freguesia pertenceu a Favaios até 31 de Dezembro de 1853, data em que veio a ser integrada no Concelho de Alijó e não de Favaios.
No que diz respeito ao Património Cultural e Edificado, destacam-se a Igreja Matriz de 1568, a Capela de Nossa Senhora do Couto, a Casa Grande e a Quinta do Roncão.



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